O Centro Lúdico de Massamá acolheu, no dia 16, o Encontro Concelhio de Sintra da CDU, no qual participaram eleitos autárquicos e outros democratas que acompanham o trabalho diário da Coligação PCP-PEV, reconhecendo o seu papel na defesa dos interesses dos trabalhadores e da população do concelho.
Na resolução do Encontro refere-se que as «políticas de ataque aos trabalhadores da função pública, correndo a par com o ataque que é feito aos trabalhadores do privado, têm sido replicadas na administração local».
«Em Sintra, numa Câmara de maioria e presidência do PS, assiste-se inclusive à imposição de horários de trabalho com adaptabilidade e banco de horas, não respeitando a conciliação da vida laboral com a vida pessoal», informa o documento. O texto critica «os Programas de Estabilidade e Crescimento, do governo PS, e o pacto de agressão assinado pelo PS, pelo PSD e pelo CDS, com a conivência do Presidente da República», que «vieram agudizar, sob os ditames da União Europeia e do FMI, em desrespeito pela soberania nacional e pela Constituição da República, a exploração sobre quem trabalha e trabalhou, vieram destruir capacidade produtiva, conduziram à recessão, à estagnação económica, ao desemprego e à miséria de largos sectores da população».
Crescimento negativo
Desde 2010, a taxa de crescimento em Sintra é negativa no respeitante ao número de empresas, de trabalhadores e no volume de negócios, e a taxa de desemprego é superior à da Grande Lisboa e do País. Além disso, 80,3 por cento dos desempregados estão à procura de novo emprego e 19,7 por cento à procura de primeiro emprego.
A CDU alerta ainda para a realidade da «mono funcionalidade habitacional» e do «dormitório suburbano», o que fez decrescer a actividade industrial, a agricultura e a pecuária. Por seu lado, o sector terciário existente gera, na maioria dos casos, o emprego precário e mal remunerado.
A resolução do Encontro aborda, de igual forma, a degradação dos serviços de saúde – num concelho com quase 400 mil habitantes, 150 mil dos quais sem médico de família, não existe um hospital nem qualquer unidade para internamentos de curta duração ou de cuidados paliativos –, assim como do sistema de ensino.
Política alternativa
«É contra este quadro de miséria, local e nacional, que importa afirmar uma política de ruptura, uma política alternativa, que responda aos anseios dos trabalhadores e do povo, bem como aos problemas do País», defendem os activistas da Coligação PCP-PEV, para quem «as eleições legislativas deste ano constituem um momento importante para a afirmação desta política alternativa, para derrotar a política de direita e os seus executantes e para combater novas e velhas ilusões que nada mais são do que falsas saídas para tudo manter na mesma».